Em 2012, a Associação Brasileira de Geossintéticos – IGS Brasil celebra 15 anos de existência, e, como parte desta comemoração, foi realizado no dia 29 de junho o 2º Encontro Anual da IGS Brasil, com a palestra 15 anos de IGS Brasil: Uma História de Sucesso, proferida pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), primeiro presidente e fundador da IGS-Brasil, Ennio Palmeira.
O professor Ennio Palmeira fez um breve relato sobre a história da IGS no Brasil, que teve início em 1997, apontando a importância da Associação para a disseminação do conhecimento e da prática envolvendo o uso de geossintéticos, com a realização de cursos; promoção de eventos, como conferências, seminários, workshops e palestras; produção e divulgação de publicações e informações relacionadas à geossintéticos.
Além da palestra em homenagem a Associação, o então presidente da IGS Brasil, Lavoisier Machado, apresentou sobre algumas atividades, realizações e anseios da atual gestão da IGS Brasil, mostrando os resultados de uma Pesquisa de Opinião realizada entre os membros da IGS.
O objetivo dessa pesquisa foi conhecer o perfil dos membros da Associação, suas opiniões, resultando no conhecimento de suas necessidades e anseios em relação à IGS.
“Para nós é muito importante que os associados da IGS Brasil tenham uma participação mais ativa, sendo essa nossa grande luta, que é criar oportunidades cada vez mais reais para que os associados estejam presentes no dia a dia da nossa associação”, completa Lavoisier Machado.
O 2º Encontro Anual da IGS Brasil foi marcado pela exposição da necessidade da criação de Grupos de Trabalhos para discutir sobre Recomendações da IGS Brasil, especialmente na Aplicação em Aterros Sanitários e Requisitos, para o bom uso dos geossintéticos, Recomendações essas apresentadas respectivamente pelas vice-presidentes da Associação, Indiara Giugni e Delma Vidal.
A vice-presidente da IGS Brasil, Indiara Giugni explicou para os presentes a importância dessas Recomendações para que os profissionais e empresas do mercado saibam como atuar em diferentes áreas com os geossintéticos.
Durante o evento aconteceu o 1º Concurso IGS Brasil de Casos de Obras que faz parte de uma das ações da Associação em busca da disseminação do conhecimento dos geossintéticos junto ao meio técnico, visando incentivar os sócios a divulgarem seus trabalhos, pesquisas e obras executadas com as aplicações inovadoras e diferenciadas com geossintéticos.
O diretor-executivo da Revista Fundações & Obras Geotécnicas, Francisjones Marino Lemes e um grupo de professores de diversas partes do País participaram do comitê de avaliadores dos 13 trabalhos analisados, que tinham como abordagens, estudos em diferentes setores, como estradas, ferrovias, portos, resíduos sólidos, taludes reforçados, obras prediais e proteção de taludes contra erosão.
Os três primeiros colocados apresentaram durante o evento, sendo o vencedor o caso de obra sobre Rebaixamento da Linha Férrea de Maringá Utilizando Muros, apresentado pelo diretor da Brugger Engenharia, Paulo J. Brugger, tendo também como autoria Rosangela de Oliveira Munhoz Gomes e Marcelo Conte.
O trabalho apresenta um caso de obra onde foi executado um muro de contenção em solo reforçado com geogrelhas e face em blocos segmentais para o rebaixamento da linha férrea na cidade de Maringá, no Paraná.
O segundo trabalho premiado teve como tema o Emprego de geossintéticos para recomposição de talude com recuperação da geometria original e uso de solo local, apresentado pelo professor da Unesp de Ilha Solteira, Fagner Alexandre Nunes de França, elaborado juntamente com Vinicius Rocha Gomes Pereira, da empresa Geosoluções.
E, por fim, o trabalho que angariou o terceiro lugar foi sobre o Uso de geogrelhas para a redução da espessura de pavimento e melhoramento de subleito em solos de baixa capacidade de suporte na rodovia Iquitos – Nauta, Peru, sendo os autores do trabalho os engenheiros da empresa TDM Brasil Ltda, Carlos Antônio Centurión e Augusto Alza Vilela, e durante o evento foi apresentado pelo gerente técnico comercial da TDM, Eduardo Checon.
Fonte: Revista Fundações e Obras Geotécnicas